quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

“Foi então que eu percebi o quanto lhe quero tanto”

(texto antigo)

O sol naquele dia estava brilhando mais forte, as cores estavam mais vívidas, eu percebia detalhes que normalmente eu nem imaginava em perceber, eu conseguia sentir o cheiro das flores, conseguia sentir vários cheiros, principalmente o cheiro dele. Não sei se ele usava perfume, mas tinha algo no cheiro dele que me atraia. De longe eu o vi, comecei a ficar corada e com as mãos suadas, meu coração se igualou ao do beija-flor que voava ao meu lado, e eu me odiei por parecer tão óbvio que eu estava apaixonada.

Quando ele me viu ele me deu um sorriso, um sorriso especial, um sorriso dirigido somente a mim, um sorriso que aparecia todos os dentes, todas as emoções, todo o “finalmente te encontrei”.

Tentar agir normalmente me deixa muito mais desengonçada do que eu já sou, então minha timidez aflora, e eu definitivamente não sou tímida. Até que ele me abraça.

Por mais estranho que seja, só em sentir o cheiro dele, o corpo dele encostado no meu eu, meu coração se habitua e começa a bater juntamente ao dele, como uma valsa, sem erro.

Minha mente se desloca do mundo e se fixa apenas naquele momento, naqueles braços, naqueles olhos, naqueles lábios.

O mundo some e parece uma pintura borrada, e por mais que não esteja direcionada a ele, a minha atenção é só dele. Agir normalmente pode ser uma tarefa complicada.

O abraço é uma coisa estranha, é como se desligasse meu corpo e me deixasse em um momento de demência, como se o resto não importasse, que eu estava segura, que eu não precisava de mais nada, não tinha sede, não tinha fome, somente o abraço me satisfazia, e eu morria de medo de mecher um simples músculo e me desfazer de seus braços.

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